"Imagem promocional do jogo Fossifuel 2, mostrando uma batalha intensa entre um soldado armado e um dinossauro assustador, com o título do jogo em letras flamejantes nas cores laranja e amarelo.

Fossifuel 2: Como Passei 50 Minutos Tentando Sobreviver à Minha Própria Frustração

Quando decidi jogar Fossifuel 2, estava pronto para enfrentar dinossauros mortais, explorar cenários fascinantes e sentir aquela adrenalina digna dos filmes do Spielberg. Infelizmente, o que encontrei foi uma verdadeira crise existencial sobre por que raios eu gastei meu dinheiro nesse jogo. Não é exatamente um desastre completo, mas, definitivamente, a parte mais empolgante da experiência foi a sensação de alívio ao apertar ALT+F4 e ir dormir.

Caçar Dinossauros ou Fazer Faxina? Difícil Decidir…

Ao começar Fossifuel 2, eu tinha certeza do que queria: ação frenética, dinossauros ferozes e um gameplay intenso digno de Turok ou Dino Crisis. Porém, logo ficou claro que os desenvolvedores tinham outros planos. Em vez da ação intensa esperada, você passa o tempo ativando pontos de energia, coletando válvulas e pulando infinitamente de caixa em caixa (Gordon Freeman manda lembranças!). Aliás, tem um nível especialmente irritante: se você cair na água, um maldito peixe elétrico te mata instantaneamente. O pior é que você nem pode revidar—parece até que o peixe assinou algum acordo diplomático submarino e agora vive de boas na água, intocável. Pode atirar o quanto quiser, mas ele tá lá, pleno, dando risada da sua cara enquanto você desperdiça munição à toa!

Cano escuro e válvula ao fundo
50 tons de escuro: Fossifuel 2 e sua incrível capacidade de te fazer tropeçar no nada enquanto procura uma válvula.
Peixe elétrico imortal ("Eletroforo")
Conheça o peixe elétrico imortal de Fossifuel 2: imunidade diplomática garantida, frustração do jogador também.

A impressão que fica é que Fossifuel 2 é menos um jogo de dinossauros e mais um simulador de serviços gerais em um Jurassic Park mal administrado.

Escuridão Total: Um Design Que Beira o Absurdo

Criar um ambiente tenso e sombrio é fundamental para jogos de sobrevivência, mas Fossifuel 2 exagerou tanto que minha tela parecia mais um espelho desligado do que um jogo de dinossauros. Mesmo com a lanterna ligada, boa sorte tentando enxergar um palmo à sua frente. O resultado é um jogo visualmente exaustivo, transformando qualquer tentativa de exploração numa série de tropeços, mortes repentinas e muita irritação.

Mira escura no corredor
Fossifuel 2: testando sua mira e sua capacidade de enxergar no escuro total—boa sorte com ambas!

Se a intenção era criar tensão, parabéns—não existe nada mais assustador do que morrer porque você não viu absolutamente nada à sua frente. É praticamente impossível admirar os dinossauros ou o cenário sob essas condições.

O Bicho Invencível e os Sustos Injustos

Nada supera o inimigo humanoide invulnerável que surge do nada, soltando um rugido que parece ter vindo direto do inferno. Sem opção de defesa, resta fugir desesperadamente pelos labirintos escuros enquanto questiona suas escolhas de vida. Muitas vezes, a morte chega a ser um alívio, encerrando rapidamente essa sequência irritante de sustos baratos e injustiças constantes.

Dinossauros Bem Feitos (Eu Acho), Mas Mal Aproveitados

Os dinossauros em Fossifuel 2 são realmente bem modelados e animados. Pena que só consegui ver claramente uns três deles em cinquenta minutos. Entre os cenários sufocantes e as missões subaquáticas (onde a visibilidade é nula), fica difícil aproveitar as criaturas (ou aí esperar elas ver mortas). Para piorar, os chefes apresentam designs bizarros que misturam robôs e dinossauros de maneira tão estranha e mal executada que qualquer emoção inicial desaparece rapidamente, tornando as batalhas lentas e sem graça.

Dinossauro morto close-up
Quando você queria Jurassic Park, mas recebeu Fossifuel 2: dinossauros já chegam derrotados por padrão.
Dinossauro preso na porta
Dino preso na porta em Fossifuel 2: até os dinossauros desistiram de tentar passar dessa fase.
Dinossauro em chamas
Fossifuel 2 ensinando como transformar dinossauros em churrasco jurássico (não recomendado para vegetarianos).
Cabeça de dinossauro iluminada
Dinossauro cansado após tentar entender a lógica do gameplay de Fossifuel 2. Claramente, ele não aguentou a frustração.

Vale os R$60? Só se Você Gostar Muito de Sofrer

Por cerca de R$60 na Steam, Fossifuel 2 pode até parecer acessível. Mas o preço real é o desgaste emocional e a paciência necessária para avançar na história. Honestamente, talvez fosse melhor revisitar clássicos como Half-Life, Turok ou Dino Crisis, que certamente oferecem experiências muito mais gratificantes.

Conclusão: Uma Experiência Agridoce (Mais Amarga que Doce)

Fossifuel 2 tinha tudo para ser uma aventura jurássica divertida e empolgante, mas falha miseravelmente devido às decisões de design duvidosas. A ideia era boa, mas o excesso absurdo de escuridão, sustos baratos e puzzles cansativos transformam o jogo numa verdadeira frustração.

Se você realmente quer adrenalina e diversão, busque outras opções. Esse é o tipo de jogo que você só recomenda para quem tem paciência infinita, ou para aquele amigo que você gosta, mas nem tanto assim.

monstro aquático bizarro
Quando você encontra o peixe que comeu a criatividade dos desenvolvedores de Fossifuel 2—definitivamente não caiu bem.

Se eu quisesse passar horas pulando em caixas atrás de válvulas enquanto fujo de um monstro imortal e irritante, teria mandado meu currículo para trabalhar em Black Mesa.

Afinal, o nome do jogo não mente: Fossifuel 2 realmente transforma o seu tempo e paciência em combustível fóssil—antigo, gasto e definitivamente ultrapassado.

Autor

  • Sou Victor Almeida, redator do Turok Legacy e fã de longa data da franquia. Formado em Design Gráfico, sempre fui fascinado por explorar mundos criativos através dos games. Entre todos os títulos, Turok Evolution e Turok (2008) são os meus favoritos, pois eles me lembram os bons tempos da minha adolescência e, mais tarde, da faculdade. Além de escrever sobre estratégias, curiosidades e tudo o que envolve o universo Turok, atuo como designer freelance, onde uno minha paixão por storytelling e design para criar artigos envolventes e cheios de vida.

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